01 ago Hard skills e soft skills: Gestores Super homens x Super Equipes?
Até pouco tempo atrás o bom gestor era aquele que resolvia sozinho, era técnico, sabia tudo, tinha muita informação e guardava para si. Eram os gestores centralizadores super homens que “matavam tudo no peito sozinhos”. E as suas vulnerabilidades? Imagino que nem eles as acessavam porque não havia ambiente para essa reflexão.
Pois bem, o tempo passou. A complexidade das empresas e do mundo está em um crescimento exponencial e não há mais espaço para gestores centralizadores super homens por um simples motivo: é impossível dar conta de tudo.
Hoje o que se espera da liderança é que influencie e inspire a equipe a co-criar opções, possibilidades, alternativas e que cheguem a soluções de forma conjunta! Como assim? Bem assim! Conhecimentos técnicos (hard skills) ficam rapidamente obsoletos e a informação está a serviço de todos. O que precisamos aprimorar são as soft skills: competências comportamentais!
Nunca se clamou tanto por escuta ativa, co-criação, pensamento crítico, atitude, trabalho em equipe, inspiração, ética… E aqui entra a vulnerabilidade, palavra tão associada a fraqueza e insegurança na nossa cultura.
No momento em que eu reconheço as minhas dificuldades, acesso meus medos e, por consequência, chego nas minhas vulnerabilidades. Quando as divido com o meu time, proporciono o ambiente para o diálogo e confiança gerando um campo para a saúde nas relações de trabalho. Acredito que os “super homens” tenham muito mais somatizações do que os “vulneráveis” pois os primeiros não drenam as suas ansiedades e medos de forma saudável.
Quando me dou o direito de assumir que não sei tudo e que preciso do outro, acesso o campo emocional para que, juntos, possamos ir além. Para isso é necessário outra soft skill chamada autenticidade ou seja a capacidade de reconhecer de forma genuína as minhas emoções e atitudes.
Quando juntamos essas duas competências temos um gestor potente, que reconhece seus pontos fortes e também suas carências. E vai além por que não está mais sozinho. Estamos na era das super equipes e não mais dos gestores super homens!
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